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19/06/2022, 18:39

Doação de córneas em alta possibilita mais de 100 transplantes em 2022

Um trabalho intenso, permanente e que literalmente leva muitos a enxergar a vida com outros olhos. O dia a dia da equipe do Banco de Olhos do DF, situado no Hospital de Base, é corrido com o objetivo de garantir o sucesso na captação e o transplante de córneas na capital. De janeiro a abril, já foram mais de 200 captadas em todo Distrito Federal e 118 cirurgias de transplante executadas. A córnea compõe a parte anterior do globo ocular, só pode ser doada após o falecimento e deve ser captada de seis a 12 horas após a parada cardíaca.

Trata-se de um tecido transparente e que desempenha papel fundamental na formação da visão. Vítimas de doenças como a ceratocone (a mais comum), o leucoma e também a queimadura ocular têm indicação médica para receber uma nova córnea e, assim, retomar a vida com normalidade. Mas não é algo simples assim. Passa pela autorização familiar, a retirada do globo ocular e uma análise criteriosa para que ele possa seguir para o transplante. Uma ação diária que é feita pelos enucleadores, conforme explica a médica responsável técnica pelo banco de olhos, Micheline Lucas Cresta. “São técnicos que vão ao local onde o corpo está, podendo ser o IML, um necrotério, centros cirúrgicos de hospital, entre outros, e realiza a captação que leva no máximo uma hora. O banco funciona 24 horas”, diz.