O álbum Suíte para Eletrodos, mais novo trabalho de Tatá e Danú, é composto por seis temas: Bento e Mariana – Não é uma história de amor; Araruê – Exú abre caminhos; Vem Iara – Toda rima é vã; Kaô Xangô – O tempo da justiça; Com Olhos de Oyá – Andar pra quê?; e Obatalá – Cria a morte e cria a vida. Todas as faixas são ligadas por pontes sonoras e por uma linha narrativa – os desafios atuais vividos pela humanidade. No enredo, um rio é assassinado e alguns Orixás comparecem para presenciar esse e outros flagelos civilizatórios. Nesse clima apocalíptico, com letras inspiradoras e um som urbano, foi criado o terceiro álbum da dupla.  Ao falar do projeto, Danú enfatiza que a Suíte tem um “quê de manifesto”, é o disco mais maduro das duas e, talvez por isso, mais político. “Fala do agora, dessa ferida aberta, da depredação do planeta, da ganância que nos encaminha para nossa própria destruição. Mas, ao mesmo tempo em que comunica o horror, também fala das forças para enfrentarmos o que está aí. E faz isso com composições autorais”, ressalta. Segundo ela, a maioria das músicas são da dupla, sendo algumas em parceria. “Somos mulheres compondo melodias e letras, botando nosso som na roda por tempos melhores”, afirma. Para Tatá, o novo álbum é uma massa sonora que pede dança ou até dramaturgia. “Suíte para Eletrodos se presta a apoiar uma história que tem de ser contada. Então, talvez, quando tudo isso passar, esse seja um caminho natural para esse som”, explica.

O disco conta com participações de Larissa Umaytá, Wilson Bebel e Pedro Miranda (direção musical e arranjos) e Dudu Maia.