O ano letivo chegou ao fim, agora é hora de escolher onde matricular as crianças para o ano de 2024. Se a ideia é mudar de ares, ou mesmo fugir do tradicional, as escolas religiosas ou confessionais podem ser a melhor opção. Um estudo recente, divulgado pela Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), mostrou que há milhares delas no Brasil. Conforme o levantamento, realizado em 2022, as escolas confessionais representam 0,8% dos colégios particulares no país, sendo que o maior número delas está concentrado no Centro-Oeste, com 1,5%.

Mas como essas instituições funcionam? Quais as diferenças do ensino tradicional? O Padre Daniel Hinestroza, explica que a maior diferença do ensino tradicional para as escolas confessionais é a educação com base na fé. Segundo ele, a formação religiosa permeia todas as dimensões da vida escolar: acadêmica, social, esportiva, ações sociais, entre outras áreas. “Seria como a alma que dá vida e identidade ao organismo da escola; não é simplesmente uma matéria a mais, ou um conjunto de atividades espirituais. Toda a escola é regida pela fé”, pontua.

A educação religiosa se concretiza no acompanhamento pessoal de cada membro da comunidade escolar, reconhecendo seus dons e suas necessidades particulares; não se conforma com um plano geral e coletivo. “Isso quer dizer, que os alunos são formados no respeito, na caridade, igualdade, generosidade, nobreza, humildade e justiça com o intuito de promover a verdadeira felicidade no amor e na ajuda ao próximo”, acrescenta Pe. Hinestroza.

Exemplo em Brasília
A formação espiritual é um componente central da missão do Colégio Everest Brasília. A escola, que completou 10 anos de funcionamento na cidade em outubro, baseia-se em valores católicos, mas acolhe e respeita estudantes de todas as crenças. Desde a educação infantil até o ensino médio, os alunos participam de aulas especiais que os incentivam a impactar positivamente a comunidade por meio de pequenas ações.

Foi pensando nisso que a terapeuta e assessora diplomática da embaixada do Líbano, Laura Ata, transferiu o filho para o Everest. “Para nós é primordial que a escola tenha valores que se alinham com os valores da nossa família, que sejam humanamente ou espiritualmente”, afirma. Ela conta que a mudança se deve pelo conflito que o filho, à época com 12 anos, vivia internamente. “Percebi que meu filho estava exposto a perigos espirituais, que os valores que vivemos em família não estavam sendo vividos e respeitados”, comenta.

De acordo com ela, foi preciso procurar uma escola que oferecesse além da realização de metas, a educação com valores pautados na vida e nas virtudes. “Com a mudança tenho certeza de que meu filho estará num colégio que busca além do perfeccionismo acadêmico, os valores e a doutrina da Igreja católica, num mundo com vários desafios na criação dos filhos e na estrutura familiar”, conclui.

Este também é o caso da advogada e empresária Mayla Cavalcanti de Araujo Silva. Mesmo sendo evangélica, ela escolheu matricular os três filhos em uma instituição católica. ”Acredito que a base da fé dos evangélicos e dos católicos é a mesma, ambas religiões têm como centro Jesus Cristo, Pai, Filho e o Espírito Santo. Quanto às diferenças principiológicas, tais como a crença na intercessão de Maria e Santos, meus filhos estão crescendo sabendo as diferenças que existem entre católicos e evangélicos e, para mim, conviver com diferenças é saudável”, explica.

De acordo com ela, a opção por uma escola religiosa também se deu pela valorização da família. “Em um mundo onde as crianças e os adolescentes estão carentes de família e vida espiritual, a escola assim como a Igreja tem me auxiliado na formação de meus filhos”, conclui.

Valores em prática
O Everest conta com apoio de sacerdotes e consagradas para guiar e contribuir na formação espiritual e de valores dos alunos e de suas famílias. “A fé é fruto de uma amizade que cresce a cada dia e no colégio entendemos e acreditamos que iniciar o amor pela vida e por Cristo na primeira infância é fundamental para a saudável relação que continuará durante toda vida”, conclui Pe. Daniel Hinestroza, capelão da instituição.

O currículo do Everest inclui, por exemplo, aulas dedicadas ao desenvolvimento do amor, virtudes e valores essenciais. Ainda no Kinder, os alunos já contam com as disciplinas “Desenvolvimento Pessoal e Social” e “Virtudes”, onde o pilar gira em torno do “O eu, o outro e o nós”. Os alunos são formados no respeito, na caridade, igualdade, generosidade, nobreza, humildade e justiça com o intuito de promover a verdadeira felicidade no amor e na ajuda ao próximo.
 

Matrículas abertas
Parte da rede Semper Altius, o Colégio Everest atende alunos da educação infantil ao ensino médio. A instituição conta com três unidades: a Kinder e a High School, no Lago Sul, e a mais recente, que abre no início do ano letivo, na Asa Norte. As vagas para a Asa Norte contemplam alunos dos 2 anos de idade até o 7º ano do ensino fundamental II. Para mais informações, basta consultar o site da instituição.