19/03/2019, 08:15
Em entrevistas nos EUA, Bolsonaro é questionado sobre Marielle
Em entrevista à Fox News, Jair Bolsonaro foi alvejado com perguntas sobre sua ligação com as milícias e com a morte de Marielle Franco. Anunciado como “Trump dos trópicos”, ele rebateu as acusações, não sem deixar escapar um ato falho. Ele questionou a repórter sobre “qual seria sua motivação para mandar matar a vereadora”, estabelecendo um pressuposto de que se tivesse motivo, poderia ter mandado matar – ou que ‘mandar matar’ é algo que depende apenas e tão somente de motivação.
Se eu fosse tudo isso (misógino, racista e homofóbico), não teria sido eleito presidente. Tem muita fake news no Brasil, a população aprendeu a usar as redes sociais e não acredita mais na mídia convencional, que é dominada por esquerdistas. Não sou contra homossexuais nem mulheres. Mas quero ter minha casa em ordem e a definição de família, para mim, é a da Bíblia“
A posição de Bolsonaro sobre execuções e políticas de extermínio é conhecida. Ele defendeu várias vezes e abertamente, a eliminação em massa de sem-terra, petistas e esquerdistas, sem causar uma cifra de horror na imprensa tradicional brasileira.
À Fox News, Bolsonaro disse: “sou um capitão do Exército brasileiro e parte dos oficiais da polícia do Rio de Janeiro são grandes amigos meus. Por coincidência, um desses suspeitos de ter matado a Marielle não era na verdade vizinho meu, mas morava do outro lado de uma outra rua [do condomínio]. Mas, a mídia sempre me criticou e estabeleceu uma conexão.”
Bolsonaro falou dos vários motivos que o levam a admirar Trump. Afirmou apoiar a política de imigração do presidente norte-americano e esperar que ele a mantenha, inclusive com a construção do muro na fronteira com o México. “A maioria dos imigrantes não tem boas intenções ao vir para os Estados Unidos”, disse Bolsonaro, usando o mesmo tom adotado várias vezes por Trump ao se referir aos imigrantes latinos.
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