31/07/2024, 00:11
Embaixada de Ruanda comemora o 30º aniversário de libertação (Kwibohora 30)
Na segunda-feira, 29 de julho, no final de tarde, diplomatas e convidados se reuniram na Casa de Festa Villa Rizza, para comemorar juntamente com novo embaixador de Ruanda, Lawrence Manzi, uma das datas mais importantes do País: a libertação de Ruanda (Kwibohora30).
A data é para lembrar que há três décadas, o Exército libertou Ruanda de uma das suas tragédias mais horríveis: o Genocídio contra os tutsis de 1994. Mais de um milhão de tutsis foram assassinados num período de três meses. E comemorar o dia 4 de julho, quando o Exército Patriótico de Ruanda, sob a liderança de Paul Kagame, pôs fim aos massacres e libertou a nação.
Em seu discurso, o embaixador Lawrence Manzi, lembrou que o Exército/Frente Patriótica de Ruanda, que herdou o país em total ruína, foi o grande responsável pela libertação do povo, e enfatizou que graças, principalmente aos jovens, que deram suas vidas para salvar o povo do genocídio, que o país se livrou da mais triste fase de sua história.
E enfatizou que a libertação foi guiada pela visão de uma sociedade melhor. A luta de libertação procurou construir um país adequado para todos, com uma governança baseada no povo, sem divisões étnicas, corrupção, pobreza e integrado dentro e na região. Segundo o Embaixador, os ruandeses estão felizes com o quão longe avançaram em direção aos objetivos da libertação.
Para, Lawrence, a política externa pós-genocídio do Ruanda, como qualquer outro setor do país, evoluiu durante estas três décadas, principalmente baseada na história do país, mas também pelas tendências globais em constante mudança. No geral, o Governo do Ruanda compreendeu desde o início que estabelecer e a manutenção de boas relações com todos os países e o reforço da cooperação para o desenvolvimento e a promoção do comércio mundial equitativo e da integração regional foram benéficos para a paz, a segurança e a estabilidade e para os objectivos de desenvolvimento do Ruanda.
Manzi também mencionou que, a nível bilateral, o Brasil e Ruanda mantêm laços diplomáticos desde 1981. E, ao longo dos últimos anos, ambos os países demonstraram uma dedicação louvável na exploração de potenciais caminhos para o fortalecimento das relações bilaterais e a promoção da cooperação para o desenvolvimento. O que foi demonstrado por meio da vontade de conversão de embaixadores não residentes e embaixadores residentes, e da assinatura de vários acordos. Vejamos quais são:
1. o Memorando de Entendimento (MoU) sobre a promoção da cooperação Sul-Sul no Fortalecimento da Agricultura e Segurança Alimentar, assinado em 2011,
2. o Acordo Bilateral de Serviços Aéreos (BASA) assinado em 2019,
3. o Tratado sobre a Transferência de Pessoas Condenadas assinado em 2023,
4. Memorando de Entendimento sobre Isenção de Requisitos Mútuos de Visto para titulares de passaportes Diplomáticos, de Serviço e Oficiais, assinado em 2023.
O Embaixador Manzi também destacou que Ruanda continuará a trabalhar com países com ideias semelhantes, como o Brasil, para defender reformas dos Sistemas de Governança Global para garantir uma governança global mais justa e equitativa; incluindo as reformas do CSNU, da Reforma das Instituições de Bretton Woods (FMI e Banco Mundial) e do G20, a fim de tornar estas organizações mais inclusivas e representativas do mundo de hoje. Acreditamos que a força que temos juntos é maior que a soma das nossas riquezas divididas.
Ele também parabenizou o Brasil pela presidência do G20 neste ano e da COP30 no próximo ano. Tenham a certeza de que o Ruanda prestará a sua assistência.
Além disso, o diplomata expressou gratidão a todos aqueles que aceitaram o convite da Embaixada para celebrar a vitória histórica do Ruanda (Libertação/Kwibohora), incluindo funcionários do governo, diplomatas, membros do setor privado e outros.
Para Carlos Sérgio Sobral Duarte, Secretário para a África e Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), que representou o governo brasileiro no evento, falou da importância das relacões do Brasil com a Africa e que estas relações fazem parte da política externa do governo Lula.
Embaixador e embaixatriz com as jornalistas Fabiana Ceyhan Cesar da Cunha e Milton Atanazio e esta colunista