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14/09/2021, 20:17

Estratégia unificada para combater incêndios em todo o Distrito Federal

Órgãos distritais e federais estão se unindo para combater incêndios tão comuns neste período de seca intensa. Para evitar as queimadas, é necessário planejamento e ações preventivas. É o que propõe o Sistema de Comando de Incidentes (SCI), ferramenta usada no Distrito Federal para situações de emergência como essas. Trata-se de um manual de procedimentos que deve ser seguido pelas equipes. “Usamos o SCI como um método para que todos os órgãos consigam se entender e trabalhar da melhor maneira possível”, explica o comandante do sistema de incidentes pelo Corpo de Bombeiros, coronel Pedro Aníbal Jr. “Conseguimos reduzir os recursos empregados e evitar que o trabalho de um não se sobreponha ao do outro. Com certeza, traz uma efetividade maior à operação”, complementa.

No feriado de 7 de Setembro, para se ter ideia, o Corpo de Bombeiros registrou 29 ocorrências de queimadas pelo cerrado. Já a Floresta Nacional de Brasília (Flona) ardeu em fogo na última semana, em um incêndio que atingiu cerca de 806 hectares, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A floresta tem uma área total de 9 mil hectares. No caso da Flona, onde trilhas de bicicletas e pequenos córregos são aproveitados pela população, os bombeiros e o Brasília Ambiental deslocaram seus homens para o combate ao fogo. O ICMBio, responsável por administrar a unidade de conservação, deu as coordenadas da atuação. E a operação acabou bem-sucedida, com o fogo totalmente debelado em 48 horas, seguindo as diretrizes propostas pelo SCI. Um total de 122 brigadistas participaram da operação na floresta. “Produzimos um documento onde há os procedimentos a serem tomados por cada equipe. O objetivo é reduzir ao máximo os danos ao meio ambiente”, explica a chefe da Flona, a analista ambiental do ICMBio Larissa Diehl. De acordo com ela, outras equipes monitoram também o território do Parque Nacional de Brasília, onde o cerrado também é castigado pelo fogo nesta época do ano.

O Brasília Ambiental também esteve presente no “incidente Flona” com um grupo de 20 homens atuando junto aos bombeiros e ambientalistas. “Passamos dois dias lá direto, inclusive fizemos um sobrevoo na área junto aos bombeiros militares. Esse planejamento é essencial, até porque cada instituição opera de forma diferente”, explica o diretor de Prevenção e combate a Incêndios Florestais do órgão, Pedro Paulo Cardoso.