Ampliar o olhar sobre a experiência de se viver na capital federal em seu início, quando tudo era ainda terra. Ainda, colocar as lentes de aumento em histórias de candangas e candangos invisíveis que construíram Brasília e que ainda constroem a história da cidade, hoje com 63 anos. Após passar pela Rodoviária do Plano Piloto com performances presenciais apresentadas espontaneamente para o público que frequenta este centro da capital do País, a Cia Estupenda Trupe de Brasília lançou em parceria com a Claraboia Filmes a produção documental do espetáculo performático fruto deste trabalho, Terra Vermelha,  no site da Estupenda Trupe: https://www.estupenda.net/ . Gratuito. Livre para todos os públicos.

Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – FAC-DF, a Cia.  que já conta com 18 anos de estrada,  resolveu inovar e adentrar em um projeto que visa provocar e promover a sensibilização e reflexão das pessoas que passam, sem perceber muitas vezes, por locais como uma rodoviária. 

Em cena, os atores da Trupe Alana Ferrigno, Beta Rangel, Carlos Valença e Tiago Venusto (diretor da Cia.) apresentam pílulas individuais. “ATO I –SONHO”, “ATO II MATÉRIA” e “ATO III Desejo” são os nomes das performances que cada um propôs e que estão disponíveis no site e Youtube da Estupenda: https://www.youtube.com/c/estupendatrupe .

“Neste projeto, pretendemos iluminar aos candangos e candangas invisibilizados na construção de Brasília em paralelo com as mulheres que constroem a capital até hoje. Quem são estas pessoas? Como elas construíram nossa cidade? Colocar ainda o foco nas mulheres, que tem um enredo de suma importância na construção de Brasília que poucos conhecem”, destaca a produtora e atriz Alana Ferrigno.

Segundo o ator Carlos Valença, a pesquisa se deu de forma intensa tanto sobre o fazer performático como sobre a Brasília da década de 60, início de sua construção.

“E a Paty (Del Rey) e Tiago (Venusto) nos provocaram desde sempre sobre o que é esta “”Terra Vermelha””…Esta terra que fez com que várias pessoas largassem tudo para vir para esta então nova capital que se construía. E as pessoas apostaram em construir um sonho novo aqui. Isso me marcou muito”, explica Carlos Valença, ator que construiu e interpreta a performance “Sonho”, onde se vale de balões de gás hélio com sementes de mudas de Ipê.

“São cartões para escrever seu próprio sonho, para que caia e germine um Ipê e um sonho”, brinca e convida Valença.

Beta Rangel assina “ATO II MATÉRIA”, uma performance que envolve tijolos e provoca o ato de “acolher”.  Em “ATO III Desejo”, Alana Ferrigno foca em histórias de prostitutas, em desejos velados, mulheres esquecidas ou excluídas.  

Agora, na internet.

Sobre a Estupenda Trupe de Brasília

Em seus 18 anos de trajetória como artistas e arte-educadores, Alana Ferrigno, Beta Rangel, Carlos Valença e Tiago Venusto (diretor da Cia.) sempre acreditaram que “todo ser humano é capaz de apreciar, discutir e produzir uma obra de arte”. Os quatro membros são Bacharéis em Artes Cênicas, com diversas especializações e cursos de Pós-Graduação em Educação. A pesquisa do grupo em seus trabalhos artísticos tem a missão em trazer à tona temáticas que promovam reflexão a respeito de preconceitos, diversidade e perspectivas sociais a fim de ser ponto de mudança contribuindo para uma comunidade com mais equidade. Os integrantes  têm certificação como multiplicadores do Teatro do Oprimido pelo CTO (Centro de Teatro do Oprimido-RJ).

O grupo já se apresentou por várias cidades/estados como Bahia, Acre, Amazonas, Goiás, Distrito Federal e passou por renomados festivais de teatro. Destacam-se o Festival Internacional de Teatro Cena Contemporânea, Festival do Teatro Brasileiro, Festival Palco Giratório, Festival Dulcina. Foram ainda premiados no Festival de Cenas Curtas de Manaus e festival Sesc Esquete Show. A Estupenda trupe contempla em seus projetos, crianças, adolescentes e adultos, com oficinas, projetos socioculturais continuados e espetáculos teatrais.

Ficha Técnica:

Realização: Estupenda Trupe e Claraboia Filmes

Direção e Direção de Arte: Venusto

Criação e Atuação: Alana Ferrigno, Beta Rangel, Carlos Valença e Venusto

Dramaturgia: Patrícia Del Rey

Produção executiva: Alana Ferrigno

Produção: Serena Barros

Modista: Neide Oliveira

Fotografia: Pollyana Sá

Assessoria de imprensa: Clara Camarano

Direção de Fotografia e Montagem: Danilo Borges

Segunda câmera: Juliana Boechat e Gilearde Gomes

Making Of: Dammer Martin