O Festival Panorama Raft começa nesta quinta-feira, 16, e vai exibir de forma online dez obras inéditas criadas por artistas de todo o Brasil. O projeto foi criado no período da pandemia e tem como principal missão abrir o leque de oportunidades para artistas da periferia. No primeiro semestre deste ano, aconteceu o Panorama Jangada, que trouxe obras do Estado do Rio de Janeiro. Desta vez, além do Rio, foram selecionados projetos de todo o país, além de cinco voltados para pesquisa e desenvolvimento. “O Panorama Raft reúne dez projetos de criação, que se apresentarão no formato digital, como forma de fruição e parte fundamental de sua chegada ao público. Também foi criada uma segunda linha de apoio, chamada Pesquisa & Desenvolvimento, em que cada um dos cinco projetos selecionados avança em sua investigação e compartilha seus processos online”, explica Nayse López, diretora artística do Festival Panorama. O evento acontece até o dia 3 de outubro e todas as performances, com respectivas sinopses e fichas técnicas completas, podem ser assistidas: panoramafestival.com/.

A estreia fica por conta da exibição da obra ‘Construção Civil’, da Inquieta Cia, de Fortaleza (CE), prevista para 20h (foto). Nela, seis performers erguem uma estrutura cuja projeto acontece durante o próprio trabalho. Não é arquitetura, mas uma ação fora de ordem e fora da ordem. Arquitetos não-especializados fabulam atentado ao espaço público seguindo um protocolo sem plano predefinido. No dia seguinte, na sexta, 17, também às 20h, é a vez de ‘Matéria Escura’, projeto de dança idealizado por Alejandro Ahmed + Grupo Cena 11, de Santa Catarina. Dentre os cinco projetos de pesquisa e desenvolvimento selecionados, está o interessante documentário ‘O Corte da Dancinha’, do Rio de Janeiro, que fala sobre barbeiros que dançam ou bailarinos que cortam cabelos. Criado por Luiz Guilherme Guerreiro, o projeto estará disponível na terça, 21, a partir das 20h.

O Panorama Raft faz parte do tradicional Festival Panorama, um dos principais eventos de artes do corpo, dança e performance do Brasil e da América Latina. O dispositivo de criação temporário e flutuante foi feito financiado por 17 projetos internacionais.