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01/07/2021, 13:43

Fim da Caçada?

Lázaro executado e, sem medo da turma do “bandido bom é bandido morto”, “direitos humanos para humanos direitos” e “tá com pena, leva para você”,  ouso dizer que foi mais uma operação desastrada de nossas polícias, porque ali, além de um corpo alvejado quase 40 vezes, jaziam explicações que as famílias de suas vítimas mereciam receber e, talvez, detalhes sobre esquemas criminosos maiores, dos quais o facínora seria apenas uma peça, provavelmente, substituível.
Assim começou esta semana que teve também muito frio e o dia do orgulho LGBTQIA+ para lembrar da luta contra o preconceito que custa muito mais vidas do que todas as afetadas pelo matador do cerrado. De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB) e a Rede Trans Brasil, mata-se uma pessoa trans por dia, em média. A expectativa de vida deles é de 35 anos.
E por falar em assassino, quem é o culpado pelas 400mil mortes por COVID que poderiam ter sido evitadas no Brasil, como afirmou o epidemiologista Pedro Hallal, se tivéssemos combatido a pandemia, com um desempenho apenas médio (lembrando que o Brasil ajudou a elevar a média de mortes por 100mil habitantes)? Quantos CPFs cancelados pelo negacionismo do Planalto, pelos negocionistas (valeu o neologismo, Reinaldo Azevedo!) do Congresso e do Ministério da Saúde, conforme suspeitas levantadas pelos irmãos Miranda, e não investigadas por Bolsonaro? Depois do arroubo do Onix na sexta-feira, ameaçando os denunciantes, governistas já mudaram de versão três vezes, nenhuma convincente.
Se fosse pouco, a Folha  trouxe o depoimento do empresário Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da Davati Medical Supply, informando que deixamos de adquirir vacinas da AstraZeneca suficientes para imunizar toda a população brasileira, porque servidores do MS exigiram propina. É uma história mal contada, mas que pede investigação.
Mais uma contra o presidente que, acuado, sobe o tom contra a CPI, mas que queria, mesmo, é se esconder no mato.