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26/05/2021, 18:19

Frente Parlamentar mergulha no tema às vésperas do Dia do Meio Ambiente

A Frente Parlamentar Ambientalista realiza uma live na quarta-feira 2 de junho, às 19h, sobre a importância da ratificação da Emenda Kigali para o Brasil perante o contexto climático do planeta (https://youtu.be/Hw_1hzh3ufI)

A Emenda de Kigali define um cronograma de redução da produção e consumo de hidrofluorcarbonos (HFCs), usados em equipamentos de refrigeração e condicionadores de ar e 2 mil vezes mais prejudiciais para o aquecimento global do que o gás carbônico.

O evento terá participação da diretora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Teresa Liporace; o professor do Instituto Mauá de Tecnologia e Consultor do PNUD, Roberto de Aguiar Peixoto; o presidente da Abrava, Arnaldo Basile; e o Diretor de Meio Ambiente da Abrava, Renato Giovani Cesquini.

A Emenda de Kigali foi um dos temas centrais na Cúpula da Terra, realizada por iniciativa do presidente americano Joe Biden em 22 de abril, Dia da Terra. A China já se manifestou favorável à Emenda. O documento foi ratificado por 120 países. Enquanto o mundo corre para aprová-la, no Brasil o projeto está há 18 meses na gaveta da Presidência da Câmara dos Deputados para ser enviado ao plenário.

Nesta terça 25, o vice-presidente americano Al Gore revelou previsão da seguradora Swiss de que o PIB do Brasil pode sofrer queda de 17% até 2048 se o país não adotar medidas para mitigar o aquecimento global, reduzindo emissões de carbono.

Promessa de Arthur Lira

No Dia da Terra, o manifesto “Pela aprovação da Emenda de Kigali já” foi encaminhado ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, com assinaturas de ambientalistas, ativistas pelo direito do consumidor e entidades representativas da indústria brasileira. Em entrevistas, Lira prometeu incluir o projeto na pauta, mas posteriormente transferiu a decisão para o Colégio de Líderes dos partidos, que ainda não tomou a iniciativa.

Promessa de Bolsonaro

Na Cúpula da Terra, o presidente Jair Bolsonaro prometeu para 2050 a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, antecipando em dez anos a sinalização anterior, prevista no Acordo de Paris. Na ocasião, o presidente brasileiro pediu ajuda financeira aos países ricos para proteger o meio ambiente. A ratificação da Emenda de Kigali abre para programas de atualização tecnológica da indústria brasileira linhas de crédito da ONU, a fundo perdido, estimadas em US$ 100 milhões.

O fato é que, se não atualizar sua indústria, o país vai se consolidar como um dos últimos destinos de equipamentos de ar condicionado obsoletos. Eles têm baixa eficiência energética, o que eleva desnecessariamente os gastos de famílias, governos e empresas com a conta de luz.