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15/02/2019, 16:35

GDF faz parceria para preservar córregos que abastecem os lagos

Produtores rurais que vivem nas regiões da Serrinha do Paranoá, no Lago Norte, na ARIE1 da Granja do Ipê, na área do Riacho Fundo, e no Alto Descoberto, em Brazlândia, serão apresentados a uma nova forma de produção que garante a proteção dos córregos que abastecem os dois grandes lagos do Distrito Federal: o lago Paranoá e o reservatório do Descoberto. A ideia é implementar um conjunto de boas práticas e treinar os agricultores para usar o Sistema Agroflorestal (SAF) um método de produção que permite plantar sem a necessidade de desmatar a vegetação nativa.

A iniciativa faz parte de um projeto do Global Environmental Facility (GEF) para Cidades Sustentáveis, um fundo gerido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenado localmente pela Secretaria de Meio Ambiente do DF (Sema). O GEF Cidades Sustentáveis, como é chamado, é a prioridade do governador Ibaneis Rocha para a área ambiental nos próximos quatro anos.

A agrofloresta é um sistema de plantio de alimentos sustentável e capaz de promover a recuperação de uma floresta. São formas de usar e manejar a terra que combinam, de forma simultânea ou sequencial, o plantio de árvores com cultivos agrícolas e até a criação de animais. Como piloto, a Sema pretende treinar, com uso de máquinas, 40 produtores rurais das duas regiões e, assim, garantir a qualidade e a quantidade dos córregos que deságuam no lago Paranoá e no Descoberto.

“Esses córregos mantêm nossos lagos de abastecimento público cheios”, explica a subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema, Alessandra Péres.

“A agrofloresta é muito mais amigável do ponto de vista da proteção do solo, de proteção da vegetação e particularmente na manutenção da infiltração de água e dos afluentes desses dois grandes mananciais de abastecimento do DF”. Alessandra Péres, subsecretária de Assuntos Estratégicos da Sema

Cidades sustentáveis

Brasília e Recife foram escolhidas para piloto do projeto GEF Cidades, que pretende desenvolver soluções tecnológicas, de produção e compartilhamento de conhecimento para transformar as duas capitais nas duas primeiras cidades sustentáveis do Brasil. O programa prevê estudos estratégicos para subsidiar melhor as ações da gestão pública e iniciativas piloto – a experimentação de novas ideias que podem ser ampliadas no futuro.

No DF, esse projeto também prevê estudos sobre a recuperação da área do Lixão da Estrutural, a elaboração de pesquisas que analisem os impactos das mudanças climáticas no DF e na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride), a elaboração de planos de adaptação e mitigação dos impactos, além da implantação do Fórum de Mudanças Climáticas do DF. Usinas solares em prédios públicos também serão testadas, havendo a previsão de recuperar 60 hectares de APPs de nascentes (50 metros em torno da nascente).