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06/04/2022, 21:48

GDF financia pesquisa de máscara que inativa o coronavírus

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um tipo de máscara de proteção que inativa o novo coronavírus, causador da covid-19. Financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF), com recursos geridos pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) – instituições ligadas ao Governo do Distrito Federal (GDF) –, o equipamento genuinamente brasiliense traz um diferencial. Entre as quatro camadas de tecido TNT na sua composição, há uma aplicação de nanotecnologia de quitosana – elemento químico extraído da carapaça de crustáceos, como caranguejo, camarão e lagosta.

A barreira envolve e degrada a membrana do vírus, inativando a contaminação. Por ser tão pequena quanto ele, a trama – espaços formados entre as fibras, também chamados de poros – acaba impedindo a passagem do micro-organismo causador da doença. Chamada Vesta, a máscara, no modelo PFF2, que recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem características virucidas, bactericidas e fungicidas, ou seja, o poder de extrair e inativar vírus, bactérias e fungos. Além disso, o seu tecido é composto por um tipo de tecnologia que exerce atração eletrostática no vírus, que é atraído pela superfície por interpretar que está se aproximando de vias aéreas humanas. Dessa forma, uma pessoa infectada que estiver usando a Vesta adequadamente não vai contaminar ninguém, porque o vírus será eliminado. “Por todas essas características, comprovadas cientificamente, a Vesta torna-se um respirador único se comparado a outros modelos PFF2”, explica o pesquisador e professor da UnB Mário Rosa. Fabricada no Brasil, a PFF2 tem eficácia equivalente à N95, produzida fora.