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02/08/2022, 14:38

Mais saúde à mesa: Alta em procura por alimentos saudáveis marca o fim da pandemia

A pandemia da covid-19 deixou sequelas em diversos setores da economia e da sociedade, mas também fez com que as prioridades da população virassem ao avesso. Escolhas mais saudáveis no dia-a-dia e oportunidades de lazer ao ar livre, por exemplo, acabaram substituindo velhos hábitos. Dados do Google Trends mostram essa virada de chave. De acordo com as informações, o Distrito Federal é o terceiro no ranking de sub-regiões na qual a população mais buscou o termo ‘saúde’ no buscador no último ano. Ao perceber o aumento na demanda por consumo consciente, os grandes mercados e setores da saúde buscaram estratégias de acessar este público, seja aumentando as opções de hortifruti nos mercados, seja modificando e reformulando ingredientes em várias marcas de embutidos.

No Distrito Federal, é possível verificar o aumento de sistemas CSA’s – Comunidades que Sustentam a Agricultura -, que também auxiliam na comercialização de orgânicos, além do aumento de mercados locais e varejistas com variadas opções de orgânicos e alimentos considerados saudáveis. Por exemplo, um balanço feito pelo Atacadista Super Adega mostrou que a busca por cebola e alho foi de 4,7% e -6% para 32,8% e 33,3%, respectivamente, no mesmo período de 2019 e 2022. Além disso, de acordo com pesquisa feita pela Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) e pela consultoria Brain, a cada quatro pessoas, uma acredita que produtos orgânicos têm melhor qualidade. Agora, os ítens orgânicos mais consumidos são hortifruti (75%), grãos e cereais (22%), de acordo com os dados divulgados.

Os números provam o que a população vem colocando em prática, com maior preocupação com a alimentação. Como é o caso da Anny Gabrielle, de 19 anos, que mudou completamente a rotina de alimentação desde o início da pandemia, em 2020. “Percebi que estava perdendo qualidade de vida e engordando. Por isso, decidi mudar completamente e melhorar as minhas escolhas, com a ajuda de um nutricionista. Passei a comprar muito mais frutas e legumes, e substituir o consumo de industrializados e processados, e desde então perdi 19 kg e melhorei a saúde em geral”, conta a Anny, que antes sofria de dores na coluna e nos joelhos.

“Percebemos que, desde o início da pandemia, a procura por alimentos frescos do nosso hortifruti cresceu bastante, e por isso decidimos dar maior destaque para este setor em nossas unidades. Começamos a dar mais atenção, com uma divisão melhor de espaço, mais unidades e opções de verduras, legumes e frutas, prezando pelo preço justo e oferecendo também uma linha de orgânicos em parceria com produtores locais”, explica o diretor geral da rede, Sandro Covre.