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09/03/2023, 09:12

Museu da República expõe arte computacional e sagrada

Espaço cultural do DF gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Nacional da República (MuN) abre três novas exposições neste início de março. Na quinta-feira (9/3), Onírica, recebe o público na Sala 2 em evento de abertura da mostra coletiva, que combina arte computacional e instalações interativas. Na Galeria Térreo, Síntese do Sagrado reúne desenhos, pinturas, tapeçaria e afrescos do mineiro Edmar Almeida. Já na sexta-feira (10/3), abre-se o acesso à exposição virtual Arquivo Indisponível, que parte de projeto museológico, que prevê mais espaço à arte em plataforma digital.

Onírica e Arquivo Indisponível são exposições envolvendo arte computacional em diferentes plataformas. A primeira é presencial, mediada por computadores e componentes periféricos; a segunda, virtual, rompe com a linearidade do percurso dentro do museu físico, e o público acessa as obras de arte clicando nos ícones da página da Academia de Curadoria.  

Arquivo Indisponível é fruto de uma cooperação entre o MuN e a Academia, grupo de pesquisa sobre arte digital vinculado à Universidade de Brasília (UnB). Pelo acordo, a cada exposição, obras são doadas ao Museu. O ponto de partida da parceria foi a mostra virtual Segue em anexo, realizada em 2021. “O MuN acompanha há 15 anos o encontro de arte e tecnologia pesquisado pelo Departamento de Artes Visuais da UnB e está formando a primeira coleção de arte digital em um museu público, a coleção ARTEMÍDIAMUSEU”, relata a diretora do espaço cultural, Sara Seilert.

Interatividade

Onírica, por sua vez, reúne os artistas plásticos Rita de Almeida Castro, Carlos Praude e Felipe Castro Praude, que formam o coletivo Canto das Ondas. A exposição tem como estrutura principal um programa computacional concebido por Carlos. Um software homônimo à exposição recupera e cria imagens de paisagens, que o público pode manipular usando controles semelhantes aos joysticks dos videogames.

A poesia do sul-mato-grossense Manoel de Barros (1916-2014) e imagens capturadas que aludem aos elementos terra, ar, fogo e água compõem a exposição, fazendo contraponto analógico aos devaneios que o público pode experimentar nas interações propostas. O curador de Onírica, Carlos Lin, explica aspectos da exposição, como o de paisagem sonora: que “funde dois campos de sentidos, o visual e o auditivo, como índice de inscrição na concepção contemporânea de arte”. Nesse experimento, a música, segundo ele, “é integrativa, produzindo vivências imersivas, como em um passeio pelo som”.

Sobre o processo criativo, Lin, que é ex-professor do Departamento de Artes Visuais da UnB, conta que os artistas Rita e Carlos captaram imagens nos Lençóis Maranhenses. “A ida lá faz parte do processo criativo de estar no mundo, ser o mundo, sendo na pulsação do instante, no fluxo da vida. Fazer imersão em campo, fundir-se à paisagem, ser parte integrante da paisagem são princípios da arte contemporânea”, ensina.

Lin explica ainda que a poesia de Manoel de Barros entra na exposição “pela beleza do enunciado, pela surpresa na narrativa, pela simplicidade no uso da linguagem, pela complexa articulação dos sentidos, pela licença poética, pelo resgate do mínimo, por uma proposta de imersão na imagem, como imersão na palavra”. E o que o público pode esperar? “Os visitantes terão acesso à criação recente de um grupo de artistas pesquisadores de Brasília de arte computacional e poderão contar com níveis tecnologicamente avançados de interação com a imagem”, promete.

Espaço cultural do DF gerido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o Museu Nacional da República (MuN) abre três novas exposições neste início de março. Na quinta-feira (9/3), Onírica, recebe o público na Sala 2 em evento de abertura da mostra coletiva, que combina arte computacional e instalações interativas. Na Galeria Térreo, Síntese do Sagrado reúne desenhos, pinturas, tapeçaria e afrescos do mineiro Edmar Almeida. Já na sexta-feira (10/3), abre-se o acesso à exposição virtual Arquivo Indisponível, que parte de projeto museológico, que prevê mais espaço à arte em plataforma digital.

Onírica e Arquivo Indisponível são exposições envolvendo arte computacional em diferentes plataformas. A primeira é presencial, mediada por computadores e componentes periféricos; a segunda, virtual, rompe com a linearidade do percurso dentro do museu físico, e o público acessa as obras de arte clicando nos ícones da página da Academia de Curadoria.  

Arquivo Indisponível é fruto de uma cooperação entre o MuN e a Academia, grupo de pesquisa sobre arte digital vinculado à Universidade de Brasília (UnB). Pelo acordo, a cada exposição, obras são doadas ao Museu. O ponto de partida da parceria foi a mostra virtual Segue em anexo, realizada em 2021. “O MuN acompanha há 15 anos o encontro de arte e tecnologia pesquisado pelo Departamento de Artes Visuais da UnB e está formando a primeira coleção de arte digital em um museu público, a coleção ARTEMÍDIAMUSEU”, relata a diretora do espaço cultural, Sara Seilert.

Interatividade

Onírica, por sua vez, reúne os artistas plásticos Rita de Almeida Castro, Carlos Praude e Felipe Castro Praude, que formam o coletivo Canto das Ondas. A exposição tem como estrutura principal um programa computacional concebido por Carlos. Um software homônimo à exposição recupera e cria imagens de paisagens, que o público pode manipular usando controles semelhantes aos joysticks dos videogames.

A poesia do sul-mato-grossense Manoel de Barros (1916-2014) e imagens capturadas que aludem aos elementos terra, ar, fogo e água compõem a exposição, fazendo contraponto analógico aos devaneios que o público pode experimentar nas interações propostas. O curador de Onírica, Carlos Lin, explica aspectos da exposição, como o de paisagem sonora: que “funde dois campos de sentidos, o visual e o auditivo, como índice de inscrição na concepção contemporânea de arte”. Nesse experimento, a música, segundo ele, “é integrativa, produzindo vivências imersivas, como em um passeio pelo som”.

Sobre o processo criativo, Lin, que é ex-professor do Departamento de Artes Visuais da UnB, conta que os artistas Rita e Carlos captaram imagens nos Lençóis Maranhenses. “A ida lá faz parte do processo criativo de estar no mundo, ser o mundo, sendo na pulsação do instante, no fluxo da vida. Fazer imersão em campo, fundir-se à paisagem, ser parte integrante da paisagem são princípios da arte contemporânea”, ensina.

Lin explica ainda que a poesia de Manoel de Barros entra na exposição “pela beleza do enunciado, pela surpresa na narrativa, pela simplicidade no uso da linguagem, pela complexa articulação dos sentidos, pela licença poética, pelo resgate do mínimo, por uma proposta de imersão na imagem, como imersão na palavra”. E o que o público pode esperar? “Os visitantes terão acesso à criação recente de um grupo de artistas pesquisadores de Brasília de arte computacional e poderão contar com níveis tecnologicamente avançados de interação com a imagem”, promete.