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08/04/2019, 01:04

Não trato de número de votos nem de prazos, diz Rodrigo Maia sobre reforma da Previdência

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou que a Casa não tem prazo definido nem ele trata de número de votos para aprovar a reforma da Previdência. Maia participou de evento sobre esse tema promovido pelo Fórum Empresarial Lide, em Campos do Jordão (SP), nesta sexta-feira (5). Participaram também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.

“A gente tem que trabalhar para ter um bom ambiente na Câmara, bons debates para que a gente consiga mostrar a sociedade que a reforma é fundamental”, disse.

Maia reafirmou que cabe ao governo a comunicação correta para convencer a população sobre a necessidade da reforma. Ele destacou a idade mínima, a aposentadoria especial para professores e para a polícia militar e alíquota progressiva para servidores como pontos mais polêmicos e essenciais da proposta.

“Esses temas que são os mais polêmicos, e vão sobreviver na reforma da Previdência, e a gente precisa que a sociedade compreenda a sua importância e esteja a favor. Sem esses itens não há reforma da Previdência e não haverá economia necessária para o estado brasileiro”, afirmou.

A reforma da Previdência prevê idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres e prevê a unificação das alíquotas de contribuição dos trabalhadores ativos dos setores público e privado. Além disso, professores e policiais continuarão tendo regras especiais de aposentadoria em função da atividade caso a reforma da Previdência seja aprovada (PEC 6/19). O governo, no entanto, propôs acabar com a diferença entre homens e mulheres na idade de aposentadoria.

Despesas públicas
Na palestra, Maia destacou que a sociedade espera que, com o crescimento econômico do País, ela possa ter acesso aos serviços públicos de qualidade, com a garantia de emprego e renda. Para isso, explicou o presidente, é preciso repensar as despesas públicas do estado brasileiro.

“Cuidar das despesas públicas é duro e trabalhoso porque há muitos interesses dentro disso, do setor público e do setor privado. A Previdência é um deles, o tamanho do estado é outro deles, por exemplo, o salário do setor público é 67% maior do que o setor privado”, disse.

“Nos últimos 30 anos, construímos uma estrutura do estado brasileiro onde as corporações públicas e privadas capturam o orçamento público”, afirmou.