27/04/2021, 17:31
O desafio da alfabetização em tempos de pandemia
A pandemia trouxe inúmeros desafios para a área da educação. Para alguns alunos, o ensino presencial, para outros, o ensino remoto – principalmente na rede pública – permanecem com as portas fechadas. Para aqueles que educam crianças, as dificuldades são ainda mais visíveis, pois as séries iniciais da educação básica são as que mais exigem esforços, já que o ensino requer maior criatividade para que a atenção dos pequenos seja conquistada através das telas, sem o contato direto com os professores e colegas de turma.
Indispensável para o domínio da leitura, da escrita, e da interpretação, a alfabetização é a base da vida em vários aspectos sociais, pessoais e profissionais. “O processo de alfabetização e letramento é extremamente importante à medida que amplia a concepção de mundo das crianças, jovens e adultos. Ser alfabetizado, quer dizer que você compreende e contextualiza tudo ao seu redor, ele liberta e proporciona autonomia ao indivíduo, podendo este ser criança, jovem ou adulto”, explica a pedagoga do Colégio Objetivo DF, Camila Alencar.
O processo de alfabetização e letramento deve ser iniciado na infância, devido a curiosidade e vontade dos pequeninos em conhecer e desvendar o mundo em que vivem. Para amenizar os impactos da atual situação, vale o esforço conjunto de pais e escolas, usando da criatividade para educar, foi o que fez o Colégio Objetivo DF. “O processo de alfabetização, como o próprio nome diz, é propagar o ensino, instrumentalizar nosso aluno, filho ou quem quer que seja a estabelecer a correlação entre sons e letras. Inicialmente, devemos fazer a ”leitura do mundo para esta criança” e como é feito isso? conversando, desenvolvendo o vocabulário, dando significado para as palavras, trazendo assim consciência fonológica”, explica Karoline Cardeal, gerente de projetos do Objetivo DF.
Projeto “Senhor Alfabeto”
Pensando nesse contexto, a escola criou o projeto “Senhor Alfabeto”, que tem como objetivo ampliar a experiência para o desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e representação, elementos importantes para adaptação do sistema de escrita alfabética. Durante a aula, o professor apresenta para a turma o mascote: Senhor Alfabeto. Um boneco que vai fazer aniversário no final do ano, e quer a ajuda de todos para se vestir com roupas e acessórios.
“Todo final de semana, um aluno é sorteado e escolhido para ler um livro, em casa com a participação da família, após a leitura, o aluno é estimulado a trazer algo para apresentar à turma, contando sobre a história do livro lido e também, pedimos para que o aluno escolha algum acessório ou roupa para ser colado no mascote. No final do ano, o senhor alfabeto já estará todo vestido e cheio de acessórios. Por fim, ensinamos de forma lúdica, e ao final do ano, realizamos uma grande festa de aniversário para o Senhor Alfabeto”, conta Karoline sobre o projeto.
A importância da alfabetização
Uma sociedade alfabetizada e letrada é uma sociedade com possibilidades de mudanças reais, quando um educando acredita em seu potencial, ele desenvolve autonomia. Os educadores bem como os responsáveis pelas crianças devem atentar-se caso a criança apresente dificuldades no processo de alfabetização, para que em parceria, possam unir forças para auxiliar o educando, com a finalidade de superar a dificuldade e seguir no processo.
“A alfabetização independentemente da idade, seja criança, jovem ou adulto, pode acontecer! Cabe aos educadores e aos responsáveis pelo estudante quando criança ou jovem, estimular e favorecer o aprendizado, e ao próprio estudante quando adulto entender-se como agente principal do processo, passando da primeira fase e seguindo na jornada de conhecimento e troca de saberes entre si e com o mundo em que o rodeia”, explica a pedagoga Camila.
Os pais e ou responsáveis pelo estudante são tão importantes no processo de alfabetização e letramento quanto a Instituição Escolar. Além da parceria com os educadores, o ideal é que os pais e responsáveis possam sempre estar incentivando os filhos, fazendo uso de todos os recursos possíveis como ferramentas digitais para reforçar a aprendizagem dos pequenos. ” Um aluno bem assistido pela família é agente autônomo em seu processo de alfabetização e letramento e caberá aos educadores serem mediadores e orientadores neste processo lindo que é fazer um ser humano desvendar o mundo em que vive, a fim de transformá-lo em algo extraordinário”, complementa Camila.