31/08/2020, 14:16
O movimento Luz Invisível, os empresários e os produtores lutam para sobreviver sem evento presencial
Por: Cassinho Brazil
Contato: brcassinho@gmail.com
Com o objetivo de apresentar os problemas que vem enfrentando por conta da pandemia do novo coronavírus, os empresários e trabalhadores da indústria criativa de eventos realizaram, nesta última terça-feira (25), na Esplanada dos Ministérios, um protesto em prol dos trabalhadores que vem passando por necessidades básicas por não poder trabalhar.
O movimento Luz invisível, foi idealizado entre amigos parceiros de eventos, teve como objetivo reivindicar a liberação de incentivos e ações para a sobrevivência de milhares de trabalhadores e de trabalhadoras anônimos da indústria criativa de evento, que foi um dos primeiros a ser afetado pela pandemia da covid-19, ou seja, do coronavírus. Segundo Simone Coutinho, produtora executiva e uma das idealizadores, o movimento também busca “sensibilizar a sociedade para nossa volta, mas não uma volta a qualquer custo. Queremos um retorno com segurança para todos”.“Nós fomos o primeiro setor a ter as atividades interrompidas e reunimos milhares de empresas e indivíduos, com suas respectivas famílias, que sobrevive, em sua maioria da rentabilidade gerada pelos eventos. Então, já são quase seis meses sem trabalho e sem receita. Na nossa comunidade de eventos tem muita gente passando fome e precisamos ajudar. São carregadores, técnicos, pessoas de limpeza, copeiros, cozinheiros, garçons e etc.”, explica. Segundo ela, com a paralisação dos eventos presenciais em decorrência da pandemia da Covid-19, o prejuízo enfrentado pelo setor é incalculável.
Na terça-feira,dia 25,os representantes do setor foram recebidos pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e pelo presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente para tratar do assunto. Ela explica que, no encontro, foi entregue uma carta aberta com as reivindicações do setor e que, durante todo o tempo, a secretária do Turismo, Vanessa Mendonça, realizou o acompanhamento do grupo e “tem sido um elo importante para o setor junto ao governo local e federal”.
“Nessas reuniões, ficou decidido que as nossas reivindicações serão analisadas e por um grupo será criado para que o setor continue o diálogo com os governos. Não existe uma data estipulada para o retorno. E ressalto que queremos sim retornar aos nossos trabalhos, mas também queremos que essa volta seja com cautela e segurança”, explica. Até o momento, o setor teve de se adaptar ao Drive In e às lives, que acabaram por substituir os eventos antes assim programados. Entretanto, ainda com a readequação, é preciso batalhar para que seja possível gerar lucros no final do mês.
Dentre as medidas solicitadas pelo setor, Simone relata algumas que foram apresentadas na carta aberta entregue ao governo. Veja:
- Garantir investimentos previstos na Lei Cultura Viva no âmbito nacional e na Lei Orgânica da Cultura em âmbito Distrital;
- Cumprimento da Lei Aldir Blanc, que destina recursos para empresas, artistas e técnicos.
- Planejamento de um programa de capacitação, treinamento, formalização profissional para os trabalhadores e trabalhadoras do backstage;
- Ampliação de prazo de carência do Supera DF;
- Revisão nos prazos dos pagamentos de impostos distritais e federais, tendo em vista que a carência inicial de 3 meses, não atende mais ao nosso setor.