Hoje em dia é possível identificar culturas de empresas que apresentam forte engajamento dos colaboraderes, podemos citar alguns exemplos, tais como: Apple, Facebook, Google, Zappos, Linkedin entre outras.  Não é por coincidência que essas empresas são altamente lucrativas, e a palavra conhecida como engajamento, pode ser um dos ingredientes que essas empresas de referencia mundial podem ter em comum.  Obviamente, essa não é uma afirmação cientifica, trata-se de uma inferência que faço em razão de identificar uma certa correlação entre engajamento e lucratividade. Vamos refletir um pouco sobre o tema.

Engajar é um dos grandes desafios das organizações, sob a ótica do coloborador , parece que seja o encontro entre seus valores, expectativas e a sua conexão com a empresa, talvez seja o verdadeiro sentido do “pensar como dono”.  Todas as empresas que mencionei acima parece buscar de forma constante a conexão com os colaboradores no aspecto mais intangíveis , como cultura organizacional, qualidade de vida, local físico, sistemas de reconhecimento, remuneração e alinhamento com os valores e possibilidades de carreira. Esses fatores e outros formam a lista de desafios de todos e não só da área de RH e devem ser tratados como prioridade estratégica. Engajar é promover a sustentabilidade dos resultados e isso se consegue em função do alto índice de energia, comprometimento, resiliência, entusiasmo e busca por desafios. Adicionalmente, grau de autonomia, oportunidade de aprende, de errar e de ser reconhecido. O conjunto destes elementos leva o profissional a sentir-se realizado e feliz.

Certamente o “verdadeiro engajamento” não será criado por acaso, através de um passe de mágica ou com discursos. Só será possível estabelecer uma cultura de engajamento através da congruência, entre o discurso e a prática, lapidando todos os dias, fazendo de bons exemplos a matriz da empresa.   Maus exemplos, seja em qualquer tempo devem ser extintos, eliminados.  Sabem aquela velha frase, uma laranja podre pode apodrecer toda plantação, isso é uma verdade. No momento que os bons exemplos são evidenciados, os valores são congruentes com as práticas, os colaboradores vão sentir o cheiro da justiça, transformando o seu dia a dia uma extensão de sua residência.  Em visitas em algumas empresas que mencionei, pude perceber uma característica bastante comum, além do ambiente de trabalho bastante moderno, com móveis de qualidade, todos tinham alimentação a vontade.  Mas não era aquele suco de açúcar, café, água e bolacha de agua e sal. Eram produtos de qualidade, com diversas variedades. É como oferecer para todos os colaboradores que você escolhe para sua casa.  Para mim, fez todo sentido, ficamos mais de 10 horas no escritório e quem não de se sentir acolhido?

É importante ressaltar que o engajamento não depende só da empresa. Características de personalidade como otimismo, automotivação, autoestima, e sentido de pertencer,  ser alguém que está de bem com a vida e que se entusiasma com as buscas e conquistas também fazem muita diferença na construção de um time que tenha alto grau de engajamento.

Estabelecer o engajamento é trabalhoso, mas faz a diferença e pode ser um grande diferencial competitivo. Além de atrair bons talentos, o retorno são acima da média, pela ótica financeira, inquestionável.

Uma excelente semana e até a próxima coluna!

 Por Leonardo Soares Grapeia: Administrador e Jornalista com MBA Executivo pelo Insper,  Especialização em Executive Development Program In Negociation pela HSM Educação e pós-graduado em Certificate in Business Administration pelo Insper – Instituto de Ensino e Pesquisa e editor do Website: http://www.leonardograpeia.com.br. E-mail: leonardo@leonardograpeia.com.br