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26/11/2023, 17:19

Os números finais da melhor campanha do Brasil na história dos Jogos Parapan-Americanos

O Brasil se despediu dos Jogos Parapan-Americanos de Santiago neste domingo, 26/11, com muito a comemorar. O país somou inéditas 343 medalhas no Chile, sendo 156 ouros, 98 pratas e 89 bronzes. O resultado garantiu a melhor campanha de todos os tempos, superando tanto os recordes de ouros quanto o de pódios, que pertenciam à edição de Lima 2019, com 124 medalhas douradas e 308 no total.

Soberano no topo do quadro geral de medalhas desde o primeiro dia, o Brasil terminou muito à frente do segundo colocado, os Estados Unidos, que somaram 166 medalhas (55 ouros, 58 pratas e 53 bronzes). Colômbia, México e Argentina completaram os cinco primeiros. Desde a edição de 2007, disputada no Rio de Janeiro, o Brasil termina o Parapan em primeiro no quadro de medalhas, e sempre com viés de ampliar o domínio.

BOLSA ATLETA ONIPRESENTE – Das 343 medalhas conquistadas pelo Brasil em Santiago, 335 tiveram a digital do Bolsa Atleta do Governo Federal. Ou seja, contaram com a participação de pelo menos um bolsista do programa de patrocínio individual do Ministério do Esporte. Isso dá 97,66% do total. A delegação em Santiago contou com 339 atletas, incluindo goleiros do futebol de cegos, calheiros da bocha, pilotos e atletas-guia. Do total, 292 são apoiados pelo Bolsa Atleta, o equivalente a 86,72%.

Das 17 modalidades em disputa, o Brasil terminou em primeiro no quadro de medalhas de 10: atletismo, natação, bocha, judô, badminton, taekwondo, tênis de mesa e halterofilismo, além de ter sido campeão no futebol para cegos e no futebol PC, para pessoas com paralisia cerebral. No goalball, a seleção masculina foi ouro e a feminina, bronze, empatando assim com o Canadá, que ganhou no feminino e levou bronze no masculino.

“É um resultado extraordinário, que comprova mais uma vez a força dos atletas brasileiros do paradesporto e a excelência do trabalho que vem sendo feito em conjunto com o CPB. Vamos trabalhar ainda mais para garantir estrutura aos atletas em todo o país e manter o Brasil como maior potência das Américas”, disse o ministro do Esporte, André Fufuca.

ORGULHO E EMOÇÃO – O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, festejou a campanha histórica em Santiago e lembrou que 40% dos atletas da delegação brasileira no Chile disputaram os Jogos Parapan-Americanos pela primeira vez.

“A gente sabia que era um grande desafio fazer uma campanha melhor que Lima, mas os atletas mais uma vez superaram todas as marcas. A gente teve uma participação muito importante aqui com atletas jovens, foram mais de 100 medalhas conquistadas por atletas jovens. Realmente uma competição espetacular. A gente sai muito orgulhoso e emocionado”, avaliou Mizael.

Para Mizael, o apoio do Bolsa Atleta, incentivo que é pago direto aos atletas, é fundamental na preparação dos esportistas, permitindo que se dediquem somente aos treinos. “O Bolsa Atleta é fundamental. É um divisor de águas para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Permitiu que muitos atletas pudessem se dedicar exclusivamente ao esporte, como uma profissão, o que não acontecia antigamente. Então, eu diria que certamente, se não fosse pelo Bolsa Atleta, os resultados não seriam esses”, afirmou o presidente do CPB.