Colunista: Felipe Lucchesi


O Coletivo Teatral A Digna apresenta palestras, rodas de conversa, resultados de pesquisa, lançamento de livro digital e leituras de textos inéditos em uma série de atividades abertas ao público para finalizar o projeto Frentes coletiva de luta: o corpo e a memória como territórios cênicos, contemplado pela 40° edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo.

Durante sete meses, A Digna promoveu encontros semanais em quatro núcleos de pesquisa de expressões corporal e sonora, coralidade cênica e criações dramatúrgicas, mediados por Luah Guimarãez, Marcelo Lazzaratto, Rita Maria, Andrea Soares e Victor Nóvoa, e a participação de diversos artistas inscritos. O resultado de cada pesquisa será aberto ao público nas Partilhas de procedimentos dos Núcleos de Pesquisa Continuada (dias 07, 22, 29/11 e 07/12).

A conversa pública Feira de ideias – Tecendo um comum possível: feminismo comunitário (dia 12/11), acontece no Parque Jardim das Perdizes com Julieta Paredes Carvajal, mulher indígena do povo Aymara da Bolívia, criadora do Feminismo Comunitário de Abya Yala, que vai falar sobre a luta indígena a partir do ponto de vista do feminismo comunitário.

Na Biblioteca Mario de Andrade, acontece a II Mostra de Textos Breves (dia 25/11), com o lançamento do e-book Breves tessituras da cidade Volume II, e a leitura dramática de três dramaturgias que integram a obra. O livro digital é composto de 15 textos teatrais que foram selecionados em um concurso de dramaturgia idealizado e realizado pelo Coletivo Teatral A Digna. O Grupo 59 de teatro, o Coletivo Labirinto, o Grupo XIX de Teatro e a artista Rudá, vão ler respectivamente textos de Ronaldo Fernandes, Thiago Dominoni e Juliana Piesco.

Em 13 anos de trajetória artística, ADigna, formada por Ana Vitória Bella, Helena Cardoso e Victor Nóvoa, desenvolve uma pesquisa alicerçada nos modos colaborativos de produção em grupo, criando obras cênicas que potencializam o ato social do encontro no teatro para estabelecer uma relação direta com o público e, a partir desse diálogo, propor um pensamento crítico às relações de poder pautadas pela racionalidade do capital. Entre as obras mais recentes, destaque para a Tetralogia do Despejo, composta por Condomínio Nova Era (2014), Entre Vãos (2016), Estilhaços de janela fervem no céu da minha boca (2021) e O monstro da porta da frente (2021).

Programação Completa

Núcleo de Pesquisa de Expressividade Sonora
Dia 22 de novembro às 15h30
Local: Espaço Barra – R. Barra Funda, 519 – Barra Funda.
Mediadora: Rita Maria
Artistas participantes do núcleo irão realizar um improviso sonoro por meio de jogos expressivos corporais e vocais.

Núcleo de Pesquisa de Coralidade Cênica
Dia 29 de novembro às 19h30
Local: Espaço Barra – R. Barra Funda, 519 – Barra Funda.
Mediação: Luah Guimarãez e Marcelo Lazzaratto.
Uma sessão aberta de improviso cênico com artistas participantes do núcleo. O improviso terá inspiração nas técnicas Viewpoints e Campo de Visão, praticadas ao longo dos encontros.

Núcleo de Pesquisa de Expressividade Corporal

Dia 07 de dezembro às 19h30
Local: Espaço Barra – R. Barra Funda, 519 – Barra Funda.
Mediadora: Andrea Soares
Uma roda de dança com música ao vivo e aberta ao público, em que serão vivenciadas diversas expressões culturais tradicionais, como Maracatu, Batuque de Umbigada, Caboclinho etc.

Feira de ideias – Tecendo um comum possível: feminismo comunitário

Dia 12 de novembro, às 11h
Local: Parque Jardim das Perdizes – Passagem Quatro, S/N – Água Branca, São Paulo
Mediadora: Julieta Paredes Carvajal
Uma conversa pública com Julieta Paredes Carvajal, onde ela irá expor parte da luta indígena a partir do ponto de vista do feminismo comunitário.

II Mostra de Textos Breves

Dia 25 de novembro das 15h às 18h.
Local: Biblioteca Mário de Andrade – Rua da Consolação, 94 – República.
O evento conta com o lançamento do e-book Breves tessituras da cidade Volume II e a leitura dramática de três dramaturgias que fazem parte do e-book. Este livro digital é composto de 15 textos teatrais que foram selecionados em um concurso de dramaturgia idealizado e realizado pelo Coletivo Teatral A Digna.

Dramaturgias que serão lidas:

O que pare uma negra, de Ronaldo Fernandes
Com Grupo 59 de teatro

Sinopse: Uma mulher negra em trabalho de parto questiona os processos de colonização que criaram uma estrutura racista tão poderosa, que fez com que ela só se entendesse negra após seus quarenta anos. Ela vai parir. E algo vai mudar.

Mãe, de Juliana Piesco
Com Grupo XIX de Teatro e Rudá

Sinopse: Minhocão. Onze e quarenta da noite. A tensa caminhada por uma região.

Com os pés fora de casa, de Thiago Dominoni
Com Coletivo Labirinto
Sinopse: Se alguém estiver estirado ao chão eu sei que você irá socorrer.


Mais informações sobre a programação:
Instagram @adigna.sp / YouTube.com/adignacompanhia / www.adigna.com

 

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