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16/07/2020, 21:34

Polícia do DF deflagra operação contra tráfico de animais

Policiais civis do Distrito Federal (DF) e agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) cumpriram ontem (16) quatro mandados de busca e apreensão com o objetivo de recolher provas contra um grupo investigado por suposto envolvimento com crimes ambientais – incluindo possível tráfico de animais.

A ação faz parte da segunda fase da chamada Operação Snake, deflagrada após o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul, de 22 anos, ter sido picado por uma naja – espécie de cobra originária da Ásia, cujo veneno pode matar.

Embora o Brasil proíba a criação desses animais, Lehmkul mantinha uma naja de cerca de 1,5 metro em sua casa, no Guará II. Picado pela cobra no último dia 7, ele socorrido às pressas e passou quase uma semana internado em um hospital particular do Gama (região administrativa do Distrito Federal, a cerca de 30 quilômetros do centro de Brasília), em coma induzido. Na segunda-feira (13), o estudante recebeu alta médica. Seu tratamento exigiu que o Instituto Butantan remetesse de São Paulo para Brasília o soro antiofídico que tinha armazenado para o caso de um de seus pesquisadores que estudam a naja fosse picado.

Após o incidente, agentes do Batalhão da Polícia Militar Ambiental encontraram a naja dentro de uma caixa abandonada na região central de Brasília. O animal foi então entregue ao Ibama, que o repassou para o Zoológico de Brasília. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar como o animal foi trazido ao Brasil, onde era mantido ilegalmente. O estudante é aguardado para prestar depoimento. Os mandados de busca e apreensão cumpridos hoje tinham como alvo endereços ligados a Pedro Henrique e a amigos do jovem.