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12/02/2019, 22:17

Presidiários ajudam na revitalização de praças no DF

Uma parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), o programa Mãos Dadas, tem ajudado na redução de gastos dos cofres públicos, na ressocialização de detentos do sistema prisional e, ainda, tem mudado a cara das cidades do DF entregando para a população espaços de uso comunitário completamente renovados. Praças abandonadas nas regiões administrativas estão sendo reformadas com a ajuda de presidiários.

Na próxima semana, será a vez do espaço que fica na EQNO 4/6, no Setor O, em Ceilândia, que tem uma área de lazer com parquinho infantil, quadra de esportes (que serve para jogos de futebol e basquete) e um Ponto de Encontro Comunitário. A areia do parquinho, no entanto, ainda está suja e os brinquedos estão enferrujados e quebrados. Além disso, o alambrado da quadra de esportes está cheio de buracos. Por fim, as traves e tabelas de basquete estão pichadas e estragadas e o lixo toma conta da praça.

“Não há a menor condição de levarmos as crianças para brincarem ali. A casinha do escorregador está sem piso e os brinquedos estão muito enferrujados. Acho que a areia nunca foi trocada, nem os cachorros vão mais ali”, reclama Fabiana Dionísio, 32 anos. Ela mora nos fundos da praça e é mãe de três crianças, de 8, 4 e 3 anos. “Se o parquinho estivesse em boas condições levaria meus filhos lá todo dia”, diz.

A reforma do local, a segunda na gestão do governador Ibaneis Rocha, deve começar na segunda-feira (18/02), assim que as chuvas na região derem trégua. O trabalho será possível graças à parceria com a Administração Regional que conseguiu os materiais, como areia e tinta, alguns doados por empresários da construção da cidade, outros da própria administração.

“Não há a menor condição de levarmos as crianças para brincarem ali. Acho que a areia nunca foi trocada, nem os cachorros vão mais ali,”Fabiana Dionísio, 32 anos, moradora da região

A comunidade agradece a melhoria dos espaços públicos. Vice-diretora da Escola Classe 16, vizinha à praça que será reformada, Iranete Alves conta que, com o abandono do espaço, o local virou ponto de tráfico e de uso de drogas. “A comunidade não usa e a praça é utilizada por pessoas mal-encaradas para vender e usar drogas”, diz. Além disso, ela conta que funcionários da escola já socorreram duas crianças que se acidentaram no parquinho abandonado. “Elas estavam esperando o começo da aula e se machucaram por causa da falta de manutenção”, completa.