21/05/2020, 11:36
Projeções do mercado indicam queda de 5,12% da economia
Em razão da divulgação, nos últimos dias, de indicadores negativos relativos ao mês de março/20, a Pesquisa Focus do dia 15/5 reduziu pela 14º semana consecutiva a estimativa para o desempenho da economia brasileira neste ano. De acordo com a pesquisa realizada pelo Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) do País registrará queda de 5,12% em 2020.
Entre esses indicadores está o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado e divulgado pelo Banco Central, que registrou queda de 5,9% em relação a fevereiro. “Esse resultado naturalmente sofreu influência da retração de 9,1% na produção industrial do País”, ressalta a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
Segundo a economista da CBIC, pela primeira vez, desde que se iniciou a série histórica da Pesquisa Industrial Regional (2012), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve retração na produção da indústria em todos os 15 locais pesquisados.
Já o volume de serviços, também conforme pesquisa realizada pelo IBGE, registrou queda recorde de 6,9% na comparação com fevereiro.
No mercado de trabalho a taxa de desemprego, no 1º trimestre de 2020, foi de 12,2%, o que representou aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao 4º trimestre de 2019, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (IBGE). “Isso significa que o número total de desempregados no País chegou a 12,850 milhões de pessoas no final de março”, diz Vasconcelos.
As vendas do comércio varejista caíram 2,5% em março em relação ao mês anterior, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE). Importante ressaltar que esta queda não foi mais intensa em função de áreas essenciais como as atividades de hipermercados e supermercados.
“Todos esses resultados refletiram os primeiros impactos da paralisação da atividade econômica em função da pandemia do novo coronavírus. Ainda sem um sinal de estabilização da doença, a duração das medidas de distanciamento social continua incerta, o que contribui para que a deterioração das expectativas”, afirma.