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11/05/2022, 18:58

Segunda maior cicloviária do país está 80% executada em Ceilândia

Falta pouco para o Setor de Indústrias de Ceilândia ter sua própria ciclovia. Com 2,3 km de extensão, a pista exclusiva para bicicletas vai conectar os pontos de ônibus e as duas praças da Área de Desenvolvimento Econômico (ADE). A obra, no valor de R$ 230 mil, teve início em junho de 2019 e está 80% executada. A construção da ciclovia faz parte do programa Pró-Cidades, orçado em R$ 56.056.401,00 e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). De acordo com o engenheiro responsável pelo contrato, Rafael Siqueira de Brito, a inauguração da pista está prevista para 29 de agosto. “Os principais beneficiados serão os funcionários que trabalham no Setor de Indústrias e os moradores do Sol Nascente”, conta. A malha cicloviária do Distrito Federal chegou a 633,49 quilômetros em março, a segunda maior do país. Sua extensão passa por 28 regiões administrativas, uma capilaridade que reflete diretamente na segurança do trânsito. Segundo o secretário de Transporte e Mobilidade, Valter Casimiro, o número de ciclistas mortos nas ruas do DF caiu em 53% de 2011 até 2020. A meta até 2030 é reduzir em 50% os índices atuais. “O governo vem investindo em infraestrutura cicloviária para fomentar uma mobilidade mais humana e sustentável, ampliando e democratizando o acesso à cidade. 

A meta do GDF é ampliar as conexões cicloviárias, interligando os bairros e as regiões da cidade, facilitando o deslocamento dos ciclistas com mais segurança e conforto”, comenta Casimiro. Acostumado a disputar espaço com os carros, o jardineiro Jovenildo Amaral, 48 anos, pedala todos os dias do Sol Nascente até a ADE da Ceilândia. “Como estou trabalhando perto de casa, tenho usado bastante a bicicleta”, explica. “Mas não deixo de ficar tenso, a gente vê tanto acidente acontecendo por aí. A ciclovia vai melhorar muito a situação dos ciclistas.” O administrador de Ceilândia, Cláudio Ferreira, aponta que os benefícios da malha cicloviária vão além da segurança. “Essas pistas exclusivas incentivam o uso mais frequente da bicicleta como meio de transporte”, afirma. “É bom para a natureza e para a saúde, que tem sofrido nesses tempos de sedentarismo.”