O senador Telmário Mota (Pros-RR) criticou, na última segunda-feira (17), a Operação Acolhida, realizada no município de Pacaraima (RR). A ação destina-se a apoiar pessoas em situação de vulnerabilidade e recebe grande quantidade de venezuelanos.

Telmário afirma que o modelo de operação se esgotou e as políticas públicas estão saturadas, pois Roraima perdeu em educação, saúde, segurança, habitação e emprego. O senador afirmou que o estado tem políticas públicas para apenas 500 mil habitantes e a previsão é de que de 4 a 5 milhões de pessoas deixem a Venezuela.

“Se o Brasil insistir, e eu sei que vai insistir com essa acolhida, tem que compensar o estado de Roraima, porque o estado de Roraima é que está bancando a educação, a saúde, tudo o mais. Todo esse recurso que foi gasto, quase R$ 1 bilhão, é só para a parte operacional, só para a logística, não é para oferecer políticas públicas. Quem oferece é o estado, um estado pequeno, o mais pobre do Brasil”, disse.

O senador afirmou ainda que as consequências são extremamente danosas para Roraima e que, se o governo federal quer fazer a acolhida, deve mudar o formato da operação. Segundo ele, delinquentes se misturam no meio das pessoas que estão vindo e passam a cometer crimes em Roraima.

Telmário também criticou o ex-senador Romero Jucá, a quem acusou de querer a falência do estado para fazer uma intervenção. 

“Fizeram uma chamada, ofereceram R$ 1,2 mil de aluguel, ofereceram moradia, ofereceram alimentação, ofereceram transporte para fazer interiorização. Isso desviou o destino dos venezuelanos que iam para a Colômbia, que falam a mesma língua, e vieram para o Brasil”, completou.