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27/01/2022, 16:51

Solidão, quem pode evitar?

por Felipe Lucchesi

Até pouco tempo atrás, poderia contar nos dedos das mãos, a quantos shows eu havia ido. Um novo ano começou e resolvi me permitir (e me cobrar ao mesmo tempo) a acompanhar outros tantos.

O mais recente na minha lista foi o de Zélia Duncan, uma artista que está na minha trilha sonora diária e que foi uma, entre as poucas, que ao conhecer pessoalmente (há muitos anos atrás) fez simplesmente eu paralisar e conseguir apenas desejar um “boa noite” tímido.

Desta vez eu paralisei novamente na frente de Zélia, muito bem acomodado na minha poltrona, bem localizada na primeira fileira do teatro do Sesc Pinheiros. O motivo? O impacto da potência da voz dela, ali, ao vivo, o respeito e gratidão aos admiradores presentes e as canções que transitavam entre as memórias do meu passado e os acontecimentos mais atuais.

Uma multidão me rodeava, mas a solidão interiorizada ao som de Zélia Duncan, ganhou tamanha proporção, afinal, solidão, quem pode evitar?

Fotos: Felipe Lucchesi

 

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