11/07/2024, 13:00
Terror Maxxxine conclui trilogia de forma satisfatória
Por Michel Toronaga
Protagonizado por Mia Goth, Maxxxine é o terceiro título que encerra a saga de Maxine Minx, uma jovem que sonha com o estrelato. Mas a carreira de atriz é muito competitiva e são poucas as artistas que conseguem um espaço diante tantos talentos. É por isso que ela começou fazendo filmes na indústria de entretenimento adulto, como pode ser visto em X: A Marca da Morte, de 2022. Marcada por mortes em seu passado, a protagonista tem agora a chance de brilhar em Hollywood ao estrelar uma aguardada produção.
Porém nem tudo será fácil assim porque há uma onda de assassinatos que está tirando a vida de várias pessoas. E o pior: a polícia não consegue prender o perigoso serial killer. A questão é que este não é nem o maior problema que Maxine precisa enfrentar. Ela ainda é assombrada pelas chantagens de alguém que pode prejudicar seu futuro profissional. Ambientado nos anos 80, o novo longa-metragem de Ti West tem uma deliciosa narrativa que ganha força pela presença marcante de Goth na telona.
Filha de uma brasileira com um canadense, Mia Goth é neta da atriz brasileira Maria Gladys e trabalha com segurança em seu papel. Considerada umas principais scream queens da atualidade, ela já estrelou vários filmes de horror, como Suspíria: A Dança do Medo, O Segredo de Marrowbone e A Cura. Ainda que seja uma conclusão com menos terror do que se pode esperar, Maxxxine é um ótimo desfecho para a trilogia, que conta ainda com Pearl, lançado em 2022. Há basicamente duas ou três cenas realmente assustadoras, mas isso não tira o mérito do suspense estar presente em toda a produção.
O neon e o clima da década abordada foram recriados com muito cuidado, algo que o cineasta sabe muito bem reproduzir. Em sua carreira, West já havia feito um filme dos anos 80 no angustiante A Casa do Diabo, lançado em 2009. Mesmo quem não assistiu aos filmes anteriores da personagem pode se divertir com Maxxxine. A resolução para o mistério principal soa um tanto ingênua, mas isso não é um defeito porque pode ter sido uma escolha reproduzir um roteiro mais simples como o da época. Ruim mesmo é se não tivermos outra chance de ver Maxine em outro filme.