06/05/2021, 18:02
TI precisa de 420 mil novos profissionais até 2024
Em live gratuita promovida pelo IESB, professores vão orientar como se preparar para este mercado
Em um país com mais de 14 milhões de desempregados, um cenário chama atenção do mercado de trabalho no Brasil: o apagão da mão de obra dos profissionais na área da Tecnologia da Informação (TI). “Existe uma grande chance de um colapso nas áreas de TI e inovação no período pós-pandemia, mas não pela falta de vagas, e sim pela falta de mão de obra qualificada”, explica o professor Alexandre Loureiro, coordenador dos cursos de pós-graduação em Inteligência Artificial e pós-graduação em Aplicativos Móveis, do Centro Universitário IESB.
Em números, já tem alguns anos que a quantidade de pessoas que se capacitam é menor que o de vagas abertas na área de TI no país. Hoje, são 150 mil vagas que não são preenchidas por falta desses profissionais e estima-se que, em 2024, este gap será ainda maior. Levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) apontou que a procura por profissionais na área de TI será de 420 mil pessoas, até 2024. Porém, o Brasil ainda forma apenas 46 mil profissionais com perfil tecnológico por ano.
No Distrito Federal, o mercado também está em alta. Em plena pandemia, foram abertas 2 mil empresas de informática e de tecnologia da informação, totalizando 11.341 negócios. Os dados são do Sindicato das Empresas de Serviços de Informática do Distrito Federal (Sindesei-DF). De acordo com a entidade, o aumento do uso de tecnologias durante a crise sanitária gerou um faturamento de, aproximadamente, R$ 1,3 bilhão para o setor.
Para aproveitar este cenário, a solução está em se preparar o quanto antes. “O mercado tecnológico é altamente exigente, competitivo e muda constantemente, com atualizações de programas, novas linguagens e recursos. Logo, muitos profissionais querem entrar para a área de TI, mas têm receio por diversos motivos, como não ter intimidade com as ciências exatas ou até mesmo nunca ter programado antes. É preciso atrair e tirar este medo, principalmente daqueles que não têm experiência. Além disso, há ainda outro ponto que está impulsionando este apagão: a pandemia acelerou a transformação digital e o surgimento de novas tecnologias demandam, cada vez mais, profissionais experientes, flexíveis e adaptados à nova realidade”, orienta Loureiro.
Segundo ele, além da formação, os profissionais de TI devem ter habilidades importantes, como adaptação ao cenário de home office, facilidade de liderança, conexão de ideias, além de criar um planejamento de carreira e investir em treinamentos constantes. “É muito importante que o interessado procure um curso com uma grade de disciplinas focadas nas principais demandas atuais, como inteligência artificial, ciência de dados ou desenvolvedor de aplicativos. Cursos de curta duração, 14 meses no máximo, com foco em aulas práticas, também são fundamentais para aqueles que buscam se especializar na área”, explica o professor.
Para conseguir uma vaga e acompanhar a demanda do mercado, o coordenador sugere participar de grupos de discussões de TI nas redes sociais. “Publicar contribuições em projetos abertos em comunidades, como a GitHub ou Stack Overflow, é sempre válido. Se for desenvolvedor de apps, publicar em lojas como Android e Apple também é uma nova forma de divulgar o currículo neste segmento. E claro, sem esquecer do Linkedin”, orienta o professor Loureiro.
Live para discutir o tema
Para oferecer mais dicas sobre como se capacitar em TI de forma rápida e eficiente, o Centro Universitário IESB realiza uma live especial sobre o tema, no dia 12 de maio, às 19h30. O evento é aberto ao público e será mediado pelo professor Alexandre Loureiro, coordenador dos cursos de pós-graduação em Inteligência Artificial e pós-graduação em Aplicativos Móveis do IESB, com os convidados: o Data Scientist e mestre em Sistemas Mecatrônicos, Mateus Mendelson; Renê Xavier, desenvolvedor e professor de iOS no IESB; o web engineer Renan Bandeira; Arthur Andrade, senior Software Engineer at X-Team; e Eduardo Chapola, Technical Recruiter at X-Team.