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03/01/2019, 10:07

Trump mantém disputa sobre orçamento e não renuncia a muro na fronteira

Os Estados Unidos continuaram, na quarta-feira (3), afetados pela paralisia orçamentária, depois que o presidente Donald Trump convidou as lideranças democratas à Casa Branca, mas se mostrou inflexível com relação a sua exigência de construir um muro na fronteira com o México.

Na véspera da inauguração do novo Congresso, que começa suas sessões na quinta-feira e com uma paralisação orçamentária que se estende desde 22 de dezembro, as negociações sobre a lei de orçamento ficaram estagnadas e nenhum dos grupos cedeu.

Trump afirmou que vai manter a situação atual “pelo tempo de precisar” e insistiu que o orçamento deve incluir uma verba para a construção de um muro na fronteira com o México para lutar contra a imigração.

Os democratas, que a partir de quinta-feira retomarão o controle da Câmara dos Deputados, consideram que esse muro não é a resposta mais apta a uma questão complexa como a imigração.

De manhã, o presidente já havia previsto que a paralisação “pode durar muito tempo”, garantindo que a destinação de 5,6 bilhões de dólares para a construção do muro é “uma quantia pequena, tratando-se de um assunto de segurança nacional”.

Nancy Pelosi, que será votada na quinta-feira para a presidência da bancada majoritária na Câmara dos Representantes, e Chuck Schumer, líder da minoria democrata no Senado, foram à Casa Branca negociar.

Mas na saída Schumer lamentou que o presidente e os republicanos mantenham os americanos como “reféns”.

Para sair da paralisia orçamentária, os democratas apresentaram uma alternativa que a equipe Trump rejeitou de antemão.

O plano da oposição é renovar até 30 de setembro os orçamentos das agências que não estão sujeitas a qualquer controvérsia e prolongar apenas até 8 de fevereiro o orçamento do Departamento de Segurança Interna, que é responsável pelas fronteiras.

Os republicanos controlam o Senado, mas qualquer lei orçamentária precisa de 60 votos, então também deve contar com o apoio de alguns democratas.

Trump, que com o fracasso das negociações pouco antes do final das férias do ano foi deixado sem sua fuga tradicional para a Flórida para jogar golfe em um clima mais ameno, se dedicou durante as festas a insistir na construção do muro em sua conta do Twitter.

 

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