Prevaleceu a vontade popular. Os brasileiros foram às urnas e elegeram quem pode transformar a nossa realidade, segundo a visão da maioria. Os candidatos que souberam se apresentar como representantes de um novo momento e de novas práticas políticas sagraram-se vencedores. Após uma das eleições mais polarizadas e conturbadas das últimas décadas, fica um anseio por mudança na forma de se governar. A população mostrou que não aguenta mais tanta corrupção e ineficiência por parte dos gestores públicos. Os cidadãos deram um claro sinal de que é preciso moralizar e renovar a política, fato não compreendido por muitos desde 2013, quando centenas de parlamentares passaram a criar mecanismos para se sustentar no poder ao invés de reformular o sistema.

O principal desafio agora é reunificar o País e colocar o Brasil de volta nos trilhos do desenvolvimento. Nossos governantes terão a obrigação de honrar o voto do eleitor e cumprir as promessas de campanha, assim como respeitar o Estado Democrático de Direito. O País também precisará enfrentar o debate sobre o equilíbrio fiscal e as reformas estruturais. De nada adiantará varrer a questão da previdência, da arrecadação e dos gastos públicos para debaixo do tapete. Assim como uma série de mudanças no nosso sistema político e educacional. Espera-se que o governo eleito pela maioria da população tenha um relacionamento adequado com o Poder Legislativo e seja capaz de aprovar propostas que permitam fazer do Brasil um país mais competitivo, justo e com oportunidades para todos.