24/08/2022, 16:07
Movimento Internacional da Dança retorna atividades presencialmente
Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), o Movimento Internacional de Dança (MID) volta a acontecer a partir da quinta-feira, dia 25, em formato presencial, em edição especial que se estende até 2023. Na primeira etapa, este ano, o festival traz à Capital as companhias internacionais Amala Dianor e Centro Coreográfico Nacional de Tours (França), CocoonDance (Alemanha), além de bailarinos da Argentina, Espanha, Paraguai e Brasil que compõem a estreia mundial de “Pequenos Actos”, da Cielo RasO.
Já em setembro, o MID promove atividades educativas e workshops, além de ações culturais com montagens locais, nacionais e internacionais, incluindo o popular Palco Aberto (apresentando uma diversidade de estilos de dança) e os aulões a céu aberto. Num segundo momento, o festival voltará à cena em abril de 2023, realizando eventos em 25 Regiões Administrativas do DF.
“Como capital do país, Brasília é esse lugar potencial para receber, dialogar e intercambiar com o mundo. A expectativa é de que a fluidez dessas trocas seja retomada em benefício tanto do público, quanto dos artistas da cidade”, destaca o diretor-geral do MID, Sergio Bacelar. O projeto, que pretende gerar 139 empregos diretos e 210 indiretos, conta com os recursos de R$ 1,5 milhão do FAC-DF, advindos do edital Multicultural II de 2021, além do apoio da Embaixada da França e do Instituto Francês.
DESTAQUES
Artistas da Cia. Amala Dianor e do Centro Coreográfico Nacional de Tours trazem para o MID montagens que mostram a força da dança contemporânea francesa. O senegalês Amala Dianor é uma das atrações mais aguardadas, pela fusão entre elementos coreográficos e gestuais das danças urbanas e contemporâneas, com influências que vão de Michael Jackson a Bruce Lee. “Acima de tudo venho do hip hop, mas busco uma dança sem limites nem barreiras. Um diálogo”, explica Dianor, que vive na França desde menino. A trajetória dele e de outros dois bailarinos, Johanna Faye e Mathias Rassin, é o que conduz o espetáculo “Point Zéro”, que vieram da dança de rua e, em seus caminhos, dirigem-se para pesquisas próprias com pontos de convergências e hibridismos.
“A Cia. Amala Dianor é uma pérola dentro da dança francesa contemporânea e estabelece esse diálogo vigoroso com essa Brasília jovem e de potente cultura urbana. A expectativa é de que o público jovem da cidade abrace essa dança contagiante de Amala e seus bailarinos”, aposta Bacelar. A companhia também traz ao público do DF “Wo-man”, com a bailarina Nangaline Gomis, que fará uma apresentação exclusiva para alunos da rede de escolas públicas do DF.
Outra atração muito aguardada é “Neste Mundo”, do bailarino, professor e coreógrafo Thomas Lebrun, que também integra o festival como ação formativa para estudantes do ensino público do DF. Haverá ainda uma apresentação para o público em geral. A montagem evoca uma viagem onírica e musical pela dança a partir de um passeio pelos ritmos de diversos lugares como Argélia, Brasil, Bulgária, França, Mali, Mongólia, Paquistão, Rússia e Vietnã.
PESQUISA
Também dentro dessa proposta educativa, a Cia CocoonDance (Alemanha) apresenta no MID o espetáculo “Vis Motrix”, com pesquisa sustentada em estudos dos movimentos dos insetos. Com coreografia e direção de Rafaële Giovanola, o espetáculo inspirou-se na prática do parkour (do francês, percurso, é um tipo de corrida com obstáculos urbanos). Começou com um workshop e, posteriormente, ganhou volume em pesquisa independente sobre técnicas de movimentos típicas das danças de rua. “Os dançarinos parecem vir de outro mundo, movem-se pelo palco e se fundem em um organismo, uma mistura de ser humano e máquina, criando um poder hipnótico do qual não se pode escapar”, observa Giovanola.
Já “Pequenos Actos”, da Cia Cielo RasO, será apresentado ao público em sua estreia mundial, colocando em cena bailarinos de Espanha, Argentina, Paraguai e Brasil. O espetáculo aborda um processo colaborativo que traz reflexões a partir das diferenças culturais que os artistas trazem. “A arte atual explora novos caminhos que se materializam em colaborações e alianças. O caminho da criação explora cada vez mais a colaboração entre diferentes países como forma de aproximar, misturar e, assim, ampliar os canais que defendem a dança como um bem necessário”, explica o diretor da companhia e coreógrafo espanhol Igor Calonge.
SERVIÇO:
Movimento Internacional de Dança (MID) – Edição Especial 2022/2023
Etapa Internacional: a partir de 25 de agosto
Inscrições, sinopses e programação completa em: https://movimentoid.com.br/