22/08/2023, 15:48
Exposição “Brasílias Invisíveis”
Juscelino Kubitschek assumiu a Presidência do Brasil em janeiro de 1956, tendo como meta-síntese da sua campanha eleitoral a promessa da transferência da capital federal do Rio de Janeiro para uma nova cidade no Planalto Central. E sete candidatos e equipe chegaram na final do “Concurso Nacional do Plano Piloto” (1957), edital que iria premiar e escolher o grande projetista da futura Brasília. Idealizada pelos multiartistas Maíra Guimarães e Danilo Fleury, a inédita exposição Brasílias Invisíveis nasce com o intuito de trazer para o conhecimento do público os projetos dos seis concorrentes que ficaram invisíveis ao logo da história além do premiado Lúcio Costa. A mostra on-line terá estreia no dia 7 de setembro de 2023 – Dia da Independência do Brasil – a partir das 10h, no Google Artes & Culture. Livre para todos os públicos. Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal – FAC- DF, Brasílias Invisíveis é uma exposição virtual dividida em sete galerias, cada uma destinada a um concorrente finalista do edital do Plano Piloto. Dentre as mais de 20 propostas que concorreram com Lúcio Costa (vencedor), em 1957, Boruch Milman e equipe (2º lugar), Rino Levi e equipe e MM Roberto e equipe (empate técnico entre 3º e 4º), Milton Ghiraldini e equipe, Henrique Mindlin e Giancarlo Palanti, e Vilanova Artigas e equipe (empate técnico em 5º lugar) poderão ter suas propostas visitadas em uma imersão de 360º que permitirá ao público conhecer estas “Brasílias Invisíveis”.
O concurso teve como júris os brasileiros Israel Pinheiro, Oscar Niemeyer, Luiz Barbosa e Paulo Antunes, além dos estrangeiros William Holford, André Sive e Stamo Papadaki.
“Nós quisemos mostrar como seria essa Brasília que vivemos se o Lúcio Costa não tivesse sido o vencedor. Quisemos trazer as outras propostas que concorreram no concurso do Plano Piloto mas que, por não terem vencido, foram ‘esquecidas’ ao logo da história. Para apresentar esses projetos utópicos, elaboramos dois conceitos que orientaram a exposição. As “‘Brasílias Imaginadas’” mostram como seria a cidade se essas tivessem sido construídas enquanto as ‘”Brasílias Comparadas’” colocam esses projetos em comparação com o projeto de Lúcio Costa, pontuando suas semelhanças e diferenças”, explicam Danilo e Maíra, que escolheram o formato virtual para modelarem as cidades em 360° para permitir que o público visite a exposição imersiva de qualquer local do mundo.