Sobrecarga, maternidade, pressão estética, relações abusivas, enfrentamento aos padrões machistas e patriarcais, amor e suporte genuíno entre mulheres são alguns dos temas explorados pelo Coletivo Mulher do Mundo no espetáculo “Entranhas”, que estará em cartaz nos dias 30 de setembro, às 20h, no Complexo Cultural de Planaltina (Avenida Uberdan Cardoso, St. Administrativo Lote 02 – Planaltina, Brasília – DF, 73310-100); dias 07 e 8 de outubro, sábado, às 20 e domingo, às 19h, no Espaço Cultural Renato Russo (508 Sul Bloco A – Asa Sul, Brasília – DF, 70351-515) e no dia 14 de outubro, às 20h, na Sala Plínio Marcos, no Eixo Monumental Iberoamericano (antiga Funarte). Todas as apresentações são gratuitas e tem classificação indicativa de 14 anos.

O grupo apresenta algumas dessas temáticas, mas de uma forma subjetiva, menos literal e sinestésica, misturando as linguagens do circo, como malabarismo e a força capilar com teatro e dança, mostrando no palco como alguns desses temas reverberam no corpo da mulher, no sentir ou na própria existência. De forma sensível, o espetáculo é protagonizado por cinco mulheres: Allana Matos, Mariana Camargo, Ludmila Condé, Drisana Alarcão e Ana Nakamura, que expressam, através da dança e do circo, as  angústias de suas vivências no mundo contemporâneo patriarcal.

Foto: Divulgação

Para essa criação, buscou-se inspiração do que é íntimo de cada uma para construir uma apresentação que afete o público de forma subjetiva, possibilitando diferentes interpretações desse universo comum do “ser mulher”. Amor, raiva, coragem, força, vulnerabilidade, persistência, são temas que permeiam a  criação trazendo cenas fortes e impactantes, na tentativa de instigar a reflexão sobre a sociedade em que vivemos. A peça tem direção de Cyntia Carla e coreografia de Kanzelumuka.

As duas trabalharam juntas com as cinco intérpretes criadoras em todos os encontros dos processos criativos e ensaios desde junho deste ano. Cynthia Carla tem uma longa história com o circo do DF. Foi integrante e membro fundadora da Trupe de Argonautas no Brasil e do grupo Soul Circus Almada em Portugal. Hoje trabalha como professora na UnB.

Já Kanzelumuka é artista da dança e integrante e cofundadora da Nave Gris Cia Cênica e pesquisadora do Grupo Terreiro de Investigações Cênicas, se dedicada à arte-educação e atuou como educadora de dança contemporânea para crianças, adolescentes e adultos.

Mais sobre o Coletivo Mulher do Mundo

Coletivo Mulher do Mundo surgiu em 2017 fruto de uma oficina de criação em aéreos ministrado pela artista Erika Mesquita. Desde então vem existindo e resistindo como grupo de mulheres circenses do Distrito Federal, realizando de forma independente as tradicionais Varietés do Dia da Mulher 8M, onde convidava outras artistas de fora do coletivo para participarem, assim como o primeiro Festival Internacional Online Mulher do Mundo que produzido em meio à pandemia.

Este é um projeto realizado com o Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa GDF.

Serviço:

Coletivo Mulher do Mundo apresenta “Entranhas”

Datas e locais:

Complexo Cultural de Planaltina – dia 30 de setembro, às 20h

Espaço Cultural Renato Russo – dia 07 e 08 de outubro, sábado, às 20 e domingo, às 19h

Sala Plínio Marcos, no Eixo Monumental Iberoamericano (antiga Funarte) – dia 14 de outubro, às 20h

Entrada gratuita, sem necessidade de retirada antecipada de ingressos.

Classificação 14 anos

Saiba mais em @mulherdomundo