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10/10/2023, 21:24

Último espetáculo dirigido por Hugo Rodas de volta ao DF

Entre 13 e 28 de outubro, às 20h, o musical Gracias a la Vida – última obra teatral dirigida pelo aclamado diretor Hugo Rodas – estreia sua segunda temporada no Espaço Cultural Renato Russo, e segue circulando no Complexo Cultural da Samambaia e no Sesi Taguatinga. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente, no local, até 2h antes do início de cada sessão.

Gracias a la Vida é uma viagem pela América Latina, “o continente insubmisso”, segundo o roteirista,  Pedro Tierra. Por meio da música, da imagem, da poesia e da história, o espetáculo toca o coração e o pensamento do espectador e da espectadora para envolvê-los em uma jornada pelas revoluções do sul do continente americano.

O projeto, que é realizado com fomento da Fundação Palmares, conta com direção geral de Dorival Brandão e direção artística de Sheila Campos, também integrante do elenco, que expressa o significado de ocupar uma função anteriormente conduzida por um nome de peso como o de Rodas: “é um legado, um verdadeiro presente, assumir essa responsabilidade. Também é um desafio respeitar a proposta inicial do mestre, mas ao mesmo tempo adaptá-la para propiciar uma circulação mais fácil, em um novo momento político e em novos espaços”.

A obra e o contexto político

“O ponto de partida para o processo criativo foi uma reflexão sobre essa típica dificuldade que nós brasileiros temos de reconhecer-nos como latino-americanos. A peça nasceu em um momento em que estávamos pressionados por uma política de retrocesso vivida no governo passado, com exaltações a ditaduras e torturas. Então, a ideia veio pela necessidade de resgatar a memória, de modo lúdico e intuitivo, sobre os momentos em que América Latina rebelou-se contra essas opressões, com base em um cancioneiro revolucionário”, conta. 

“E como o debate político sobre o marco temporal está em voga, essa é mais uma razão para reforçar e exaltar essa identidade, uma vez que o espetáculo promove a ancestralidade brasileira vinda dos povos originários”, complementa Alexandre Rangel, produtor executivo do projeto. “Contamos com um conjunto de músicos bastante militantes, completamente engajados com a pauta. Quando anunciamos o projeto para convocar integrantes, a adesão foi rápida e fácil. Além disso, temos a condução de um maestro hondurenho e tivemos a direção artística de um uruguaio, ambos tendo vivido ditaduras em seus respectivos países.